domingo, 9 de setembro de 2012

De quase em quase

Ela preferia o pó dos espelhos quebrados aos cacos grandes. Achava mais prático jogar os pedaços maiores no lixo e ficar com os resquícios brilhantes, que quase pareciam purpurina.

Porque será que ela não se livra de tudo?

Eu costumava pensar que quando alguma coisa quebra, não existia uma cola pra dar jeito. E eu pensava certo.
O problema era achar ser o fim da linha. A moça tão prática me disse que de quase em quase as coisas se tornam, se você não para de tentar.
Ela preferia o pó de seus espelhos quebrados porque certamente virariam purpurina no fim das contas. E os cacos grandes eram como eu pensava ser: sem jeito.

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