domingo, 13 de novembro de 2011

Shooting stars.


Esse devia ser um costume imortal, o de esticar-se na grama esperando estrelas caírem. Um pedido depositado em cada uma, pela coragem e ousadia de sair de casa, despregar-se do céu. Um pedido pra cada corajosa estrela, e assim um jeito novo de criar impulsos e motivos. Sim, como um propulsor, que empurra as vontades para um pontinho brilhante realizar. Como se desse um sentido à nova vida longe de casa, e fizesse da pequena estrelinha a responsável por suas conquistas.

- “Elas caem lá de cima de velhas?”
- “Não, na verdade elas nem caem.”
- “E porque comemoramos com pedidos a queda delas, se elas não caem?”
- “Porque elas riscam o céu viajando... Quem sabe passem por aqui e consigam nos escutar.”  


"Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars.I could really use a wish right now."

sábado, 12 de novembro de 2011

Cola ou fita, não importa

E quantas coisas eu não já deixei pela metade, quantas? Meu Deus, eu pus todas elas naquela prateleira de coisas inacabadas, correndo o risco de se tornarem inacabáveis... Como pude? A vida inteira na minha frente e eu quebrando tudo ao meio, como se tivesse a certeza de um depois.
Ando preferindo o que é inteiro. Abstrato, ou não. Hoje eu só preciso que seja por completo. Parece provisório demais, mas a necessidade de estar inteiramente, nesse momento, pede medidas urgentes. É que eu percebi que os pedacinhos de mim que vão ficando no caminho,  precisam ser compensados mais lá na frente.
Então sejamos rápidos, juntemos tudo o que se parece comigo, o que participa de mim, ou deixou-me de lado. Colemos com cola, ou fita adesiva mesmo. Eu sei que na próxima esquina, o vento arrasta tudo pro seu devido lugar. As fagulhas minhas voltarão pro meu caminho já andado, e eu vou continuar. Just keep.
Mas por via das dúvidas, com cola ou fita, é sempre bom preferir estar inteira...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Everything Changes.

E aí eu percebi que as mudanças não podem vir para agradar outra pessoa que não seja você. Não é egoísmo, não é cabeça dura, não é ser imutável, muito menos imune. Sabe, vai ter uma hora que ninguém se finca e permanece do mesmo jeito em você. Tudo muda, em tempos diferentes e situações próprias. E então não tem braço pra segurar, não tem corda que amarre, não tem prisão que prenda. Não é triste não, não é pra lamentar... É você e só, e não você sozinha. As decisões partem de você, as iniciativas, o certo e o errado começam a fazer sentido. Ligue os pontos, menininha, você começa a ter maturidade. Mas não totalmente amarela, e nem inteiramente verde, eu só quero que saiba que ainda tem muita coisa para se descobrir e muito barranco para deslanchar. A gente aprende assim, mesmo com a tal maturidade, não esqueça. Ainda tem muita água para cair dos olhos e muito medo a ser superado. Tem muita gente para cativar e muitas para riscar da lista. Ainda falta uma coleção de “eu te amo” para você receber e retribuir. Escute com atenção, menina, maturidade é, em parte, isso: deixar que as mudanças sigam o rumo natural, saber que elas andam no nosso mesmo passo e que nós não temos que correr para ir na frente. É aquela conversa dos bois na frente da carroça, e não pode, em meio a quase nenhuma regra que você estabelece, essa é importante anotar: naturalidade, espontaneidade. As pilhas de problemas... Deixa, larga, desenrola. Sei lá, joga um papinho, diz que liga depois. Você faz isso com pessoas, porque não com problemas? E, aliás, as tais pessoas não devem merecer isso. Cultive mais, moça, plante, jogue água, deixe o sol agir, você tem que colher, cuidar dos seus. Quanto aos seus, nem se engane: nada é seu além do que você mesma cria. Somos todos livres, não é mesmo assim a lei dos homens? Então, ninguém pode ser seu, e seu controle não pode atingir nenhum dos seus “alvos”. E os alvos mudam as opiniões, o ponto de vista desloca, e você não segura, e fica madura, e torna a esverdear, e deslancha barranco, e empilha problemas, e empilha pessoas, e coleciona, e deixa livre porque nada é seu.